Memória 8ª Aula – 29/04/09

junho 30, 2009

Resolução de Conflitos Através da Comunicação Não Violenta (CNV)

Professor Convidado: Marcelo Pelizolli (Professor de Filosofia – UFPE)

A aula aconteceu num ambiente externo à sala de aula, o professor iniciou abordando a origem e definição da palavra conversa. Neste instante ele sugere outras definições que foram citadas pela turma, e prosseguiu dizendo que, o que estávamos fazendo naquele momento exatamente era isso, estávamos ensaiando um diálogo, que seria o fator principal na resolução de conflitos. Durante a aula foram propostas algumas perguntas à turma, para complementar o diálogo e as repostas dadas pelos alunos deram seqüência ao tema.

1-      O que vocês entendem sobre o tema conflito?

O conflito não é necessariamente uma briga, surge da diversidade, da diferença, e é importante que ele exista desde que seja bem conduzido. É importante se pensar em dois elementos que permeiam um conflito a fala e a emoção, o que foi falado e a forma ao expressar aquele ponto de vista.

2-      Qual a parte mais difícil de conviver com os conflitos e como lidar com essas diferenças?

Um passo importante pra se conviver com as diferenças é estar disposto ao diálogo, disposto a entender e respeitar o outro, a forma de pensar do outro, sua opinião e pontos de vista.

3-      Em geral as pessoas têm pontos de vista comuns ou incomuns? Ou ainda é possível conviver com pessoas com pontos de vista totalmente diferente dos nossos?

O mais comum na nossa sociedade é as pessoas se unirem, se agruparem ou estabelecerem relações, as mais diversas, por terem mais pontos de vistas comuns que incomuns, porem isso não impede o contrário.

“No entanto conviver exige uma construção e reconstrução do indivíduo, mesmo que isso aconteça contra suas verdades. Para isto é necessário um sentimento nesta relação.”

4-      Se não houver pontos em comum ainda assim é possível se relacionar?

As repostas divergiram entre sim e não, mas chegou-se a conclusão de que é preciso a utilização de algumas virtudes, como a tolerância, o respeito e o entendimento.

Surge também a empatia, que significa na origem da palavra sentir profundamente, apaixonar-se.

5-      Quando um conflito pode ser produtivo?

Foi proposto um exercício de rememoração de um conflito para que pudéssemos analisar a forma e o que foi falado além das emoções que aquele conflito gerou em cada um. Muitos alunos relataram sentimentos como: raiva, decepção, tristeza, rejeição, mágoa, ressentimento, desânimo, crítica negativa, ironia, ofensa, indiferença entre outros.

Quando se tem amor ou ódio por alguém então você permanece ligado a esta pessoa. Se ama está preso por um sentimento nobre, se tem raiva está preso por um sentimento destrutivo. Quando você de fato perde o vínculo com uma pessoa não sente nem amor nem raiva. O motivo pelo qual sentimos raiva de alguém está ligado ao medo, ameaça ou agressão.

6-      Como resolver um conflito através da comunicação não violenta (CNV)?

Os pilares do diálogo estão no modo de ouvir, de negociar e de conduzir o diálogo. Em primeiro lugar é preciso ouvir o outro com total atenção, com a mente desarmada e estando de fato interessado pelo que o outro fala.

Segundo lugar, é importante perguntar e demonstrar um real interesse em escutar a resposta, explorar o lado positivo da fala sem usar refutações e aclarar os fatos por meio de perguntas.


Mémoria 7ª Aula – 22/04/09

maio 20, 2009

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Consumo Consciente

Na aula do dia 22/04, dada por Tomaz, o tema abordado foi o poder das transnacionais e suas práticas. Aqui segue alguns trechos da aula:

Empresas transnacionais são corporações que não têm seus capitais originários especificadamente deste ou daquele país e não necessariamente dominam o processo de produção em seus diferentes segmentos.

As empresas transnacionais seriam entidades autônomas que fixam suas estratégias e organizam sua produção em bases internacionais, ou seja, sem vínculo direto com as fronteiras nacionais.

Lista de alguns impactos cometidos pelas Transnacionais:

  • Desrespeito a Legislação trabalhista e ambiental;
  • Pressão para desfiliação sindical;
  • Formação de cartéis, monopólios e oligopólios;
  • Impactos ambientais com incentivo a monocultura de grãos;
  • Pesquisa e comercialização de transgênicos;
  • Controle da extração e distribuição de instâncias hidrominerais;
  • Utilizam nos produtos gordura vegetal hidrogenada altamente prejudicial a saúde;
  • Controle e ditadura de produtos nos mercados;
  • Campanhas publicitárias e marketing com manipulação subliminar;
  • Fortes emissores de gazes prejudiciais ao efeito estufa e aquecimento global;
  • Alimentos com baixíssimo valor nutritivo, não transparência na
  • composição dos produtos;
  • Testes e crueldades com animais em exames laboratoriais;
  • Multinacionais ícones do neoliberalismo;
  • Descaracterização de hábitos alimentares e marketing dirigido a crianças e adolescentes.

A Kraft Foods Inc. é a maior empresa de alimentos dos Estados Unidos da América, e a segunda maior do mundo. Pertence à Philip Morris(fabricante do Malboro)à qual foi vendida em 1988 pelo valor de $ 12,9 bilhões, um recorde na época. No Brasil, a Kraft Foods adquiriu a Lacta no ano de 1996. É responsável pela venda de uma imensa quantidade de alimentos calóricos, ricos em gordura saturada e gordura hidrogenada, tendo iniciado recentemente campanhas contra a obesidade. A Kraft Foods Inc. foi fundada em 1903 e teve lucro de $32.168 bilhões em 2004.

Aqui são alguns produtos da Kraft food produzidos no Brasil:

Bis, Diamante negro, Laka: Chocolates

Club Social e Iracema: Produtos que contem gordura vegetal hidrogenada.

Tang: Sucos artificiais em pó

Royal: Fermento em Pó Químico (monopólio do fermento).

Em pesquisa para descobrir alguma informação a mais no assunto encontrei uma pesquisa, realizada pelo instituto Alana, que a empresa em questão criou uma agressiva estratégia de marketing dirigida eminentemente ao público infantil para a promoção e comercialização dos seus produtos. A estratégia de mercado da empresa inclui desde embalagens repletas de apelos ao público infantil com licenciamentos de personagens do ideário das crianças até a entrega de verdadeiros brinquedos juntamente com seus produtos. Além disso, as informações nutricionais do produto apresenta apenas o cálculo para 1/10 do produto, 25g, apontando que o produto, na sua totalidade, possui quantidade correspondente a 190% dos valores diários recomendados de gorduras saturadas e 130% do valor diário de gorduras totais, além de 50% do valor diário de carboidratos e 70% do valor diário de calorias! Tudo isso, considerando-se uma dieta de 2.000kcal, ou seja, uma dieta para adultos, quando o produto é direcionado para crianças.

→ Considerações – André Sampaio

Então galera, foi isso que eu considerei mais importante na aula. Pra mim essa aula contribuiu muito em meu conhecimento já que sou contra a esse tipo de prática e muitos desses produtos eu consumia e não fazia nem idéia que estava contribuindo com essas empresas. Em seu livro, PEDAGOGIA DA TERRA, Moacir Gadotti diz: “A globalização econômica do capitalismo enfraqueceu os estados nacionais, impondo limites para sua autonomia, subordinando-os à lógica econômica das transnacionais”. […] O neoliberalismo Propõe mais poder para as transnacionais […] Parece que quando o assunto tratado são as transnacionais, a única alternativa para conseguirmos uma mudança é o boicote a essas empresas.


Mémoria 6ª Aula – 15/04/09

maio 20, 2009

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Fundamentos da Ecopedagogia

Começamos a aula com Cecília falando sobre a viagem para o Epicentro Marizá, que será em junho. Energia boa no ar só de se falar naquele lugar, olhos brilhando e interessados.

Para introduzir o assunto da aula Thomas leu um trecho do livro ‘Ecopedagogia e Cidadania Planetária’, onde Gutiereez fala sobre a busca de uma vida harmônica na Terra. Começaram os slides… A concepção da educação foi trazida com pensamentos de Paulo Freire sobre a Pedagogia da Autonomia.

Depois foi discutido:

Se Ecopedagogia é educação ambiental;

Qual o nosso papel em um ecossistema planetário;

Se Ecopedagogia é apenas uma pedagogia a mais;

Se Ecopedagogia está ligada a um projeto utópico;

Sobre o que é ser um cidadão planetário;

Foi feita a leitura de um trecho do livro ‘Coração de estudante’. Depois, vimos os primeiros passos do Movimento Ecopedagogico, Primeiro Encontro Internacional da Carta da Terra na perspectiva da educação, I Fórum Internacional sobre Ecopedagogia. Desses encontros surgiu a ‘Carta da Ecopedagogia’. Vimos os Princípios Ecopedagogicos que como base tem “Faz-se caminho ao caminhar” e daí partimos para vários tipos e sentidos do caminhar.

Entramos na Alfabetização Ecológica com os princípios propostos por Fritjof Capra, lindos princípios! Básicos e extraordinários! Começamos a ver um exemplo vivo e pratico da Ecopedagogia: o CEAV (Centro de Educação Ambiental Vivenciada). Sumaré, São Paulo. Como Criar a escola dos sonhos?! Diálogo, natureza, criatividade e diversão. Vimos depois o exemplo de Bavária na Alemanha, e depois concluímos com escolas pernambucanas com alto potencial para implementação do CEAV.

→ Considerações: Paula Urquiza

Quando penso na estrutura das nossas escolas, publicas ou particulares, aqui ou em qualquer lugar do mundo, vejo a falta de unidade. Provavelmente conseqüência do atomismo (perspectiva das partes) e da mecanização que nos é imposta não importa onde estamos.  Aliadas a falta de conhecimento próprio estas imposições acabam por limitar a essência do ser e causam frustrações que muitas vezes, vistas por uma visão burocrática, não sabemos as causas, apenas sentimos que existe um vazio, uma insatisfação.

Pensando nesta falta de preenchimento constante, realidade que me persegue, fui tentar entender o porquê e cheguei a um lugar que na hora parecia ser improvável, minha escola. Sempre estudei nas melhores daqui, aquelas que tinham uma educação humana e espiritual (não posso negar que adquiri bons princípios), mas mesmo assim esqueciam do ser como unidade, vontade e liberdade integrados a “teia da vida”. As escolas tolhem nossa capacidade de mudança.

É ai que surgi a Ecopedagogia, como caminho do que eu esperava que fosse uma verdadeira formação integralizadora atuante na essência do ser.


Memória 5ª Aula – 01/04/09

maio 19, 2009

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Fórum Social Mundial / Princípios da Ecopedagogia

A aula começou com um breve relaxamento musical, depois houve uma apresentação de slides do Fórum Social Mundial, baseado na palestra de Leonardo Boff, o fórum reuniu cem mil mentes e corações em busca de caminhos para um outro mundo possível. A apresentação abordou temas como a crise mundial, ambiental e social, a desigualdade humana, a falta de respeito com as diferenças, o egoísmo/individualismo, o consumo inconsciente e a indiferença à vida, nos fazendo refletir sobre os problemas e práticas que estão levando ao fim terminal do planeta.

“Ser humano é lutar pela plenitude da vida” (Frei Beto)

“O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença.”

“O atual modelo econômico fracassou contra a própria humanidade e contra o planeta”

*Ver slides do Fórum Social Mundial na sessão Aulas/Slides

Em seguida, teve início à aula sobre Princípios da Ecopedagogia, com a pergunta: O que seria Ecopedagogia, tomando como base o que foi vivido até agora na disciplina?

Segue algumas sugestões citadas pelos educandos dentro do contexto da Ecopedagogia:

– Espiritualidade;

– Tudo em conjunto;

– Revisão da pedagogia;

– Resgate dos povos antigos/grupo/respeito;

– Sensibilização para as gerações futuras;

– Mudança de perspectiva/espiritualidade;

– Mais que metodologia, é mudança do olhar;

– Pedagogia da demanda;

– Pedagogia da integração/interações globais;

– Aprendizado com a natureza;

– Cuidado com vida individual e em grupo;

– Coerência.

Trocando idéias sobre o tema:

A Ecopedogagia busca a quebra do individualismo e influencia a busca de novos horizontes, e a interação com o “Todo”, é um processo de diálogo entre educador e educando e, entre ambos e a realidade. Ela busca o aprendizado em tudo, e o aprender com as nossas próprias experiências, ajudando-nos a melhorar como ser humano a cada dia, buscando até mesmo nas experiências difíceis, algum aprendizado.  Enxerga as coisas e a vida por um lado positivo e reversível, dependendo da postura que nós assumimos diante dos fatos e experiências vividas. Busca a compreensão da realidade e a intervenção na mesma.

Foi discutido que as diferentes disciplinas deveriam focar nos problemas do mundo pensando sempre na demanda global, promovendo inicialmente soluções locais. Devemos olhar mais para dentro de nós mesmos e entender que somos natureza. O indivíduo deve agir com coerência desenvolvendo na prática seu discurso para assim conquistar a confiança dos seus seguidores. Temos que buscar a quebra do comportamento mecânico e burocrático, buscar sentido em tudo que fazemos sair um pouco do sistema, buscar alegria e animo para fazer mudanças.

Devemos lutar pela libertação de sistema educacional “adestrador”, buscar construir nossa própria identidade e interagir mais consigo próprio e com o outro. Descobrir o que nos faz bem, buscando novos horizontes e indo sempre além.

Outro aspecto interessante discutido na aula foi se a educação é ou não imparcial.  Alguns educandos disseram que não existe imparcialidade na educação, ou você se posiciona ou se omite. Diante disto, o que devemos fazer, é filtrar as informações recebidas e trabalhar nosso próprio ponto de vista.

Dinâmica

Figura 1 – muro quebrado com uma paisagem (colina, sol, céu, nuvens e pássaro) atrás/frente do muro.

A educadora pediu para pensar o que a figura representava.

Interpretações: “temos que quebrar o muro para encontrar o que esta do outro lado”, “alguem quebrou o muro para assaltar” , “devemos buscar novos horizontes”, “olhar mais o ambiente natural”, “romper barreiras”, “libertar-se”, entre outras. O muro realmente nos remete a imagem de uma barreira, uma barreira que devemos quebrá-la e ir além: quebrar os paradigmas, buscar mudar nossa realidade.

Figura 2 – duas crianças (ou uma delas podia ser um adulto) indo em direção a um campo cheio de flores com as mãos se encontrando/desencontrando.

Interpretações: “parece que a primeira criança que estava mais próxima ao planeta estava puxando o adulto para as flores”, “parece que o adulto não quer deixar a criança ir brincar com as flores”, “é a descoberta da natureza”, “não deixa a criança livre para enxergar as coisas belas do mundo”. A facilitadora perguntou: – O que os levou a achar que se tratava de um adulto? Disseram que seria porque a figura que parecia ser um adulto não carregava um sorriso no rosto.

Como ponto de reflexão a facilitadora falou que muitas vezes quando estamos em grupo existem pessoas que gostam de falar muito, e ter o hábito de geralmente se pronunciar primeiro, isto acaba conduzindo outras pessoas a terem a mesma opinião que ela. Pois, algumas pessoas poderiam ter pensando que as duas figuras eram de criança, mas, como alguém falou primeiro com tanta “convicção” que se tratava de um adulto, as próximas opiniões foram sendo conduzidas de acordo com a opinião da primeira. Isso mostra também que muitas vezes não temos ousadia suficiente para emitir uma opinião diferente daquela do suposto líder/condutor, com medo de não ser contundente e de não ter argumentos suficientes para sustentar nossa opinião. A facilitadora também falou que antes de lermos ou buscarmos novas informações é importante termos nossa posição/opinião já formada sobre o assunto, evitando que as informações destruam nossa maneira de pensar e a nossa essência.


Memória 4ª Aula – 25/03/09

maio 19, 2009

Centro de Pedagogia Waldorf

Antroposofia e Pedagogia Waldorf

Professora Convidada: Janice (Professora da Escola Waldorf Recife)

Escola Waldorf em Recife: Rua Guimarães Peixoto, 309
Casa Amarela – CEP 52051-200 Recife – PE / Fone: (81) 3441.0703 / Site – www.escolawaldorfrecife.com.br

Bibliografia: Robert Shine – Princípios da Antroposofia

A seqüência de tópicos abaixo é um pouco do que foi visto na aula:

A Pedagogia Waldorf foi introduzida pelo austríaco Rudolf Steiner em 1919, em Stuttgart, Alemanha, inicialmente através de uma escola para os filhos dos operários de uma fábrica de cigarros;

– A pedagogia Waldorf, é uma metodologia de ensino que propõe o desenvolvimento das potencialidades do ser humano, respeitando as individualidades e temperamentos de cada um. Neste sentido pode ser considerada diferenciada em relação à prática da educação dita “oficial”, fundamentada na imposição e acúmulo de informações muitas vezes desconexas com a realidade prática do aluno, o que torna o processo de aprendizagem pouco interessante.

– Para Janice, determinadas potencialidades já estão na criança, fruto de uma espécie de acúmulo de experiências de vidas passadas;

– Assim a Pedagogia Waldorf, busca oferecer os meios necessários para que o indivíduo possa desenvolver seus próprios talentos e capacidades;

– A pedagogia apresentada leva em consideração 3 âmbitos: Espiritual, Físico e Emocional;

– Pedagogia Waldorf, 3 princípios fundamentais:

Educação para a Liberdade

Educação Para o Amor

Educação para a Veracidade

“A pedagogia forma indivíduos livres, preparando-os para todas as situações do mundo, possibilitando que as dificuldades sejam superadas com maior facilidade.

-O fato de não se exigir ou cultivar um pensar abstrato, intelectual, muito cedo é uma das características marcantes da pedagogia Waldorf em relação a outros métodos de ensino. Assim, não é recomendado que as crianças aprendam a ler antes de entrar na 1a. série ou antes do 1º setênio;

– No primeiro setênio a criança esta mais sensível ou “aberta” ao campo etéreo e suas vibrações, ao dizer isto Janice comentou sobre um casal que evitava discutir na frente da criança, segundo ela tal criança percebe as vibrações pelo campo sutil mesmo sem ver necessariamente o conflito entre os pais;

– O Jardim Waldorf é o espaço escolar dedicado ao primeiro setênio da criança, período considerado como extremamente importante para a construção da personalidade, momento em que serão fixadas as bases fundamentais para a formação do indivíduo;

– No jardim Waldorf, as professoras são chamadas de Jardineiras e vestem necessariamente saias, elas representam intencionalmente o arquétipo da mãe;

– As jardineiras cumprimentam cada criança individualmente antes do início das atividades uma forma de dar uma atenção particular a cada criança e também de se obter sutilmente alguma informação trazida pela criança; através do toque sente-se a temperatura, rigidez muscular, a energia da criança.

– No primeiro setênio, as crianças são estimuladas e trabalhar os seus sentidos, sendo a arte um veículo fundamental neste momento ( pintura, escultura, música, atividades culinárias etc.)

– O universo simbólico é constantemente trabalhado a exemplo da mesinha de época, onde são colocados elementos representativos da estação e demais símbolos relacionados ao período do ano;

– Do ponto de vista do professor, há uma atenção individual para cada criança, e uma constante observação do comportamento de cada uma, assim as crianças são observadas, sendo distinguidas em quatro principais tipos de comportamentos: Coléricas, Melancólicas, Fleumáticas ou Sanguíneas;

– A distinção das crianças nos quatro grupos comportamentais permite uma organização dos alunos em sala, onde um sanguíneo é colocado próximo a outro sanguíneo para que este possa experimentar a influência do seu próprio comportamento, um melancólico é colocado em local com maior luminosidade, etc.

– Em algumas ocasiões, onde verifica-se um comportamento especial de algum aluno é feito um estudo de caso particular através das observação fenomenológica deste comportamento;

– Na pedagogia Waldorf não há livros didáticos pré-estabelecidos, a construção do material é feita com a participação dos alunos;

– A avaliação é anual, no boletim consta um verso específico para cada aluno, neste verso estão contidos o resultado da observação do professor em relação ao aluno e nele estão contidas as características que devem ser enfatizadas para facilitar o desenvolvimento do aluno;

– O verso deve ser recitado pela criança todos os dias, durante as férias escolares;

– Com a proposta de formar indivíduos seguros, Janice falou da importância dada na Pedagogia Waldorf sobre a coerência entre o pensamento, o sentimento e a prática;

– A mensalidade da escola é negociável, havendo uma comissão financeira encarregada deste processo, para Janice o saber lidar com o econômico também faz parte da formação do indivíduo e neste sentido procura-se desenvolver uma economia chamada fraterna;

– Na economia fraterna cada um paga de acordo com as suas possibilidades e em determinados casos há isenção da mensalidade.

“Não há, basicamente, em nenhum nível, uma educação que não seja a auto-educação. […] Toda educação é auto-educação e nós, como professores e educadores, somos, em realidade, apenas o ambiente da criança educando-se a si própria. Devemos criar o mais propício ambiente para que a criança eduque-se junto a nós, da maneira como ela precisa educar-se por meio de seu destino interior.”